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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Texto 3 - História da Vida: A Evolução das Espécies


A primeira teoria sobre a evolução das espécies é elaborada pelo naturalista francês Lamarck em 1809 (ano em que nasce Charles Darwin). A capacidade dos seres vivos de mudar e evoluir já haviam sido observados e registrados por muitos estudiosos, mas é apenas com Lamarck que surge a primeira hipótese sistematizada.
ADAPTAÇÃO AO MEIO
Lamarck diz que os seres vivos evoluem "sem saltos ou cataclismos" de forma "lenta e segura". Para se adaptar melhor ao meio, os seres vivos se modificam a cada geração. A girafa, por exemplo, teria desenvolvido um pescoço comprido para se alimentar das folhas de árvores muito altas. Os órgãos que são menos usados atrofiam, de geração em geração, e desaparecem.
Caracteres adquiridos - Para Lamarck, as características que um animal adquire durante sua vida podem ser transmitidas hereditariamente. Um animal que perde parte de sua cauda, por exemplo, pode ter filhos com a cauda curta.
Lamarck (1744-1829) - Jean Baptiste Pierre Antoine de Monet, cavaleiro de Lamarck, aos 24 anos abandona a carreira militar para se dedicar à medicina e à botânica. Em 1778, publica Flora francesa, que faz grande sucesso. Exerce grande influência na fundação do Museu Nacional de História Natural, em Paris. É o fundador da biologia como ramo específico da ciência, em 1802. Em 1809, publica o livro Fisiologia zoológica, expondo pela primeira vez sua teoria da evolução. A obra encontra oposição nos meios conservadores, e Lamarck cai no ostracismo. Viúvo por quatro vezes morre cego e na miséria.
SELEÇÃO NATURAL
Teoria descrita pelo naturalista Charles Darwin para explicar como as espécies animais e vegetais evoluem. Diz que o meio ambiente seleciona os seres mais aptos. Em geral, só estes conseguem se reproduzir e os menos dotados são eliminados. Assim, só as diferenças que facilitam a sobrevivência são transmitidas à geração seguinte. Ao longo das gerações, essas características firmam-se e geram uma nova espécie.
Darwin não consegue distinguir as variações hereditárias das não hereditárias. Alguns anos depois, Mendel desvenda os fenômenos hereditários e os compatibiliza com o princípio da seleção natural. O modelo da origem das espécies de Darwin mantém-se válido em suas linhas gerais, porém o caráter diferenciador decisivo cabe às mutações das células reprodutivas e não das somáticas (que constituem o corpo).
Charles Robert Darwin (1809-1882) nasce em Shrewsbury, Inglaterra. Aos 16 anos entra na faculdade de medicina e interessa-se, particularmente, por história natural. Logo abandona os estudos e é mandado pelo pai para Cambridge, onde estuda teologia. Sua amizade com cientistas conceituados o leva a ser convidado a participar, como naturalista, de uma volta ao mundo no navio Beagle, promovida em 1831 pela marinha inglesa.
A expedição tinha o objetivo de aperfeiçoar e completar dados cartográficos. Esta peregrinação de cerca de cinco anos contribui para fundamentar sua teoria da evolução. Em 1859 publica A origem das espécies. Em 1871 publica A descendência do homem. Os livros abrem polêmica principalmente com a Igreja, pois a evolução orgânica nega a história da criação descrita no livro do Gênesis. Darwin também enfrenta o protesto de conservadores que recusavam admitir que a espécie humana tivesse ascendentes animais.
Neodarwinismo - No século XX, a teoria darwinista foi sendo adaptada a partir de descobertas da Genética. Essa nova teoria, chamada de sintética ou neodarwinista, é a base da moderna Biologia. A explicação sobre a hereditariedade das características dos indivíduos deve-se a Gregor Mendel (1822-1884), em 1865, mas sua divulgação só ocorre no século XX. Darwin desconhecia as pesquisas de Mendel.
A síntese das duas teorias foi feita nos anos 30 e 40. Entre os responsáveis pela fusão estão os matemáticos John Burdon Haldane (1892-1964) e Ronald Fisher (1890-1962), os biólogos Theodosius Dobzhansky (1900-1975), Julian Huxley (1887-1975) e Ernst Mayr (1904-). A teoria neodarwinista diz que mutações e recombinações genéticas causam as variações entre indivíduos sobre as quais age a seleção natural.

Referências Bibliográficas
DARWIN, C.; tradução FONSECA. E. A  Origem das Espécies. Edição Especial. Rio de Janeiro: Editora Ediouro, 2004.
GOULD, S.J. A vida é bela – o Xisto de Burgess e a natureza da história. 1ª Ed. São Paulo: Gradiva, 1995.
KRASILCHIK, M. Prática de ensino de Biologia. 4ª Ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.
LINHARES, S.; GEWANDSZNAIJDER, F. Biologia Hoje / Ens. Médio – Vol. I, II e III. 1ª Ed. São Paulo: Editora Ática, 2011.
OLIVEIRA, J.E.D.; & MARCHINI, J. S. Ciências Nutricionais. 1ª Ed. São Paulo: Sarvier Editora, 1998.
PURVES, W. K.; SADAVA, D,; ORIANS, G. H. e HELLER, H. C. Vida: A Ciência da Biologia – Vol. I, II e III. 8ª Ed.  Porto Alegre: Artmed Editora, 2009.
TORTORA, G. J. Corpo Humano: Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 4ª Ed.  Porto Alegre: Artmed Editora, 2003.
VASCONCELOS, C. S. Planejamento: Projeto de Ensino- Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico – elementos metodológicos para elaboração e realização. 14ª Ed. São Paulo: Libertad Editora, 2005.
ZIMMER, C.; tradução CALIFE, J. L. O Livro de Ouro da Evolução – O Triunfo de uma idéia. Edição Especial. Rio de Janeiro: Editora Ediouro, 2003.
Profº. Esp. Juarez Souza Magnus
Licenciatura Plena em Ciências –Habilitação: Biologia
Biólogo / CRBio-03 Reg. Nº 69.544/03-D
Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional

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