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“Não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da Humanidade.”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec)

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terça-feira, 24 de abril de 2012

A Metáfora da Borboleta e a Psicopedagogia

"Lembro-me de uma manhã que eu havia descoberto um casulo na casca de uma árvore, no momento em que a borboleta rompia o invólucro e se preparava para sair. Esperei bastante tempo, mas estava demorando muito, e eu estava com pressa. Irritado, curvei-me e comecei a esquentar o casulo com meu hálito. Eu o esquentava e o milagre começou a acontecer diante de mim, a um ritmo mais rápido que o natural. O invólucro se abriu, a borboleta saiu se arrastando e nunca hei de esquecer o horror que senti então: suas asas ainda não estavam abertas e com todo o seu corpinho que tremia, ela se esforçava para desdobrálas. Curvado por cima dela, eu a ajudava com o calor do meu hálito. Em vão. Era necessário um "acidente" natural e o desenrolar das asas devia ser feito lentamente ao sol - agora era tarde demais. Meu sopro obrigava a borboleta a se mostrar toda amarrotada, antes do tempo. Ela se agitou desesperada, alguns segundos depois morreu na palma da minha mão. Aquele pequeno cadáver é, eu acho, o peso maior que tenho na consciência. Pois, hoje entendo bem isso, é um pecado mortal a forçar as leis da natureza. Temos que não nos apressar não ficar impacientes, seguir com confiança o ritmo ETERNO."

PARA REFLETIR...

Esta pequena história nos faz pensar num dos aspectos do trabalho psicopedagógico e do ato de educar, ou seja, sobre o respeito ao aluno é as necessidades de aprendizagem da criança. A lagarta passar por um longo processo de transformação para virar uma borboleta e poder voar. A lagarta se alimenta muito para poder crescer. Este "alimenta-se para crescer" do ponto de vista da Psicopedagogia é as experiências que a criança vai adquirindo em contato com as pessoas, os objetos e o mundo em geral. Há que se selecionar os "alimentos estímulos" mais apropriados para este crescimento. Depois, ao formar o casulo, a lagarta entra em repouso. Este tempo é necessário para que haja uma assimilação e uma acomodação das experiências, para que o sujeito as possa tomar como suas, fazendo e refazendo, como se construísse o seu casulo. Mas a o tempo de sair do casulo e poder voar. Tempo de mostrar, de expressar, de comunicar. As formas de mostrar o que se sabe são variadas, às vezes são desenhos, ou são novas brincadeiras, ou, até novas perguntas. Só que cada lagarta tem seu tempo de casulo e seu tempo de ser borboleta. Não há como forçar e nem como acelerar os tempos, sem o risco de perdermos o vôo da borboleta!


Profº. Esp. Juarez Souza Magnus
Licenciatura Plena em Ciências –Habilitação: Biologia
Biólogo / CRBio-03 Reg. Nº 69.544/03-D
Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional

Dificuldades de Aprendizagem I


As dificuldades de aprendizagem são processos naturais e espontâneos do ser humano que se apresenta desde o inicio do desenvolvimento, aprendemos a pedir alimento, falar, andar, pensar, garantindo assim, a nossa sobrevivência. A aprendizagem escolar também pode ser considerada um processo natural, a resultante de uma complexa atividade mental, na qual nosso pensamento, nossa percepção, emoções, memória, desenvolvimento motor e nossos conhecimentos prévios estão envolvidos e onde a criança deve sentir o prazer em aprender, em buscar o conhecimento. Assim como, busca o alimento para a sua sobrevivência.

O estudo do processo de aprendizagem humana e das dificuldades apresentadas durante esse período é desenvolvido pela Psicopedagogia, levando em consideração as motivações familiares, escolares e sociais. Avaliando as mudanças internas e externas, utilizando-se de vários campos do conhecimento, integrando-os e tornando o ensino multidisciplinar. Na sociedade atual, a política de desenvolvimento da educação prioriza a educação para todos e a inclusão de alunos que, há algumas décadas, eram excluídos do sistema de ensino tradicional, por portarem deficiências físicas ou cognitivas de qualquer origem; porém, um grande número de educandos (crianças, adolescentes e adultos), que ao decorrer do tempo apresentam dificuldades de aprendizagem desde a educação infantil e que estavam condicionados ao fracasso escolar, hoje podem freqüentar as instituições de ensino e são considerados alunos com um potencial diferenciado dos demais colegas.
Profº. Esp. Juarez Souza Magnus
Licenciatura Plena em Ciências –Habilitação: Biologia
Biólogo / CRBio-03 Reg. Nº 69.544/03-D
Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional

Alfabetização: Uma Perspectiva Histórica

            A alfabetização é um processo que inicia na Educação Infantil, onde se observa que cada vez mais cedo o bombardeamento de informação visual e sonora nos meios de comunicação, aliado ao tipo de trabalho proposto pelas escolas de Educação Infantil estimula as crianças a chegarem às próximas séries lendo e, o professor nas séries iniciais seguintes assume a tarefa de manter a curiosidade/vivacidade desses alunos acesa, a fim de aperfeiçoar-lhes na escrita e compreensão da língua materna, além, é claro, de conquistá-los definitivamente para a leitura.
            No processo de escrita pode-se afirmar, portanto, que tão importante quanto à informação visual é a informação não visual. Assim, o ato de escrever se associa diretamente com o ato de ler, que é basicamente a construção do sentido do texto a partir do passado, das lembranças e do conhecimento do leitor, que, quando ativados durante o processo de leitura, permite que a compreensão do texto se efetive facilitando o desenvolvimento da escrita.
            Com o surgimento da escola nova modificações se apresentaram distintamente no desenvolvimento do processo de escrita, onde o erro se tornou uma condição para ler e conseguir escrever. Aprendendo a tolerar os erros na escrita somos capazes de identificar com maior facilidade as dificuldades neste processo.
A percepção e o esforço para a compreensão de um texto e o desenvolvimento da escrita implicam riscos, implica o perigo de errar e frustrar-se momentaneamente. Varia de indivíduo para indivíduo o nível de risco que aceitamos correr. A leitura não se tornou um saber, mas uma prática necessária, portanto é lendo que a conseguimos aprender a mobilizar as estratégias básicas para o ato de escrita: verificação, antecipação e identificação dos fatos que serão abordados.
            Podemos dizer com certeza que cabe ao educador descobrir a motivação e o interesse dominante do leitor, que através da leitura poderá expandir a sua escrita; compreendendo e inserindo-se no mundo global. A missão primordial da escola na contemporaneidade e de acordo com a legislação pertinente é, promover o pleno desenvolvimento do educando, preparando-o para a cidadania e qualificando-o para a busca de uma colocação profissional.
            Visando desenvolver uma reflexão sobre a função social da escola, devemos considerar hoje, que a escola situa-se entre o ato tradicional e a modernidade, trabalhando com o acesso aberto a todas as fontes de informação social e conhecimento; e a absoluta ausência de condições primárias de estudos em algumas localizações do país e do mundo. Deixando a desejar entre o social e o individual humano, trabalhando com as perspectivas em longo prazo e as necessidades imediatas; a competição e a igualdade de oportunidades; a economia globalizada e a valorização da micro-produção e por fim entre o universal e o local.
            Sendo assim, em nossa sociedade vivemos uma grande crise de paradigmas, com aspectos modernistas e pós-modernistas, a escola tradicional e a escola nova sempre atenderam alunos com dificuldades de aprendizagem em diferentes tempos culturais, convivendo com a coexistência de características ora modernas, ora pós-modernas. Para realizar esta transição histórica nos sistemas de ensino, alguns conceitos importantes foram se formando ao longo dos anos: multiculturalismo, diversidade, autonomia, conteúdos significativos e adaptativos, uma relação mútua de cumplicidade entre história e sujeito; juntamente com uma visão de mundo abrangente.


Profº. Esp. Juarez Souza Magnus
Licenciatura Plena em Ciências –Habilitação: Biologia
Biólogo / CRBio-03 Reg. Nº 69.544/03-D
Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional


O Colegiado e o Sistema de Gestão Escolar

O papel do colegiado na gestão escolar, de como é possível estimular a participação vem sendo um tema de grande debate mundial. O sistema de colegiado escolar é formado por diretora, professores ou coordenadores pedagógicos, servidores da área administrativa, estudantes, pais e/ou responsáveis e comunidade local, que atuam através do compartilhamento das responsabilidades nas ações voltadas para o desenvolvimento do sistema educacional.
              O colegiado escolar tem como prática a ampliação da participação de representantes das comunidades local e escolar na gestão administrativa, financeira e pedagógica da escola, promovendo o monitoramento e a avaliação para a melhoria da qualidade de ensino e da aprendizagem.
                 As ações práticas e diretivas dos membros do colegiado, deve se dar através de encontros, palestras e oficinas; prevendo estrategicamente o desenvolvimento das competências relacionadas com a melhoria da participação do núcleo escolar, firmando o compromisso e a co-responsabilidade frente aos desafios necessários à democratização do sistema de ensino.
         O objetivo central do colegiado escolar é fomentar a consolidação de um ambiente democrático e participativo dentro dos estabelecimentos de ensino, tendo como principal objetivo a elaboração e distribuição de orientações educacionais e a construção de um novo sistema escolar que vise o acompanhamento das ações desenvolvidas através da elaboração de novos planos administrativos educacionais.
            Considerar a direção da escola, como o único núcleo responsável pela solução dos problemas da mesma, faz parte de um modelo administrativo escolar ultrapassado. Ao responsável pela direção do estabelecimento de ensino compete em contribuir para a mudança do perfil tradicional, pois o momento em que vivemos necessita de mudanças direcionadas na função social da escola. Por isso, é outro o papel que deve desempenhar o diretor do estabelecimento de ensino na perspectiva de uma escola mais justa e democrática, formadora da cidadania.
            Mas, se faz necessário, nesta visão educacional contemporânea, um espaço para atuação e contribuição de outras pessoas, profissionais e também da comunidade escolar; ambos responsáveis pelo funcionamento adequado da instituição de ensino. Por isso, a necessidade da construção de um grupo de representantes que irá dirigir a escola junto com a direção, o colegiado escolar.
            Este grupo de representantes diretivos constitui o conselho escolar, também conhecido como Colegiado Escolar com funções definidas que irão interferir na vida da comunidade escolar e dos educandos. Assim, a funcionalidade do grupo de representantes deve estar associada na reflexão das decisões pedagógicas e administrativas da instituição; trabalhando diretivamente com o plano de desenvolvimento da escola, proposta pedagógica, currículo, sistema de avaliação, calendário escolar, regimento, caixa escolar, parcerias, formas alternativas de participação da comunidade escolar, estimulando sua discussão pelos segmentos que representam cada núcleo do sistema de ensino da escola.
            Estas mudanças de gerenciamento só ocorrem na medida em que se muda a mentalidade das pessoas envolvidas diretamente com o processo escolar e não acontece em pouco tempo, necessita de um período de análise e aperfeiçoamento. Exigindo tempo, paciência e a certeza de estar fazendo a coisa certa, mesmo tendo a certeza de que o sistema de ensino democrático e participativo não é fácil de ser trabalhado e vivenciado em um grupo.
            O sistema de trabalho do colegiado escolar deve estar alicerçado as práticas e valores que se constroem a curto e longo prazo. Um caminho longo e difícil, que às vezes pode desestimular. Mas, é a única opção coerente com a prática democrática e formação do cidadão comprometido com valores humanistas, como solidariedade, respeitando as opiniões do grupo, tolerando os diferentes e as posições divergentes; desenvolvendo a capacidade de se colocar na posição do outro.
      Desta forma, essas conquistas só se obtêm praticando a reflexão coletiva consciente, confrontando idéias, através de uma discussão respeitosa. O sistema de administração escolar colegiada atua na coerência da proposta pedagógica-administrativa do estabelecimento de ensino, desenvolvendo a democracia e a participação da comunidade escolar, exige uma efetivação no próprio espaço escolar com o risco de cair num discurso vazio coletivo, desvinculado da prática, reforçador de posturas centralizadoras e autoritárias. Mas, é no trabalho compartilhado dos membros do Colegiado Escolar que se verifica a missão de liderança, no que este conceito tem de mais moderno e atual.     
Profº. Esp. Juarez Souza Magnus
Licenciatura Plena em Ciências –Habilitação: Biologia
Biólogo / CRBio-03 Reg. Nº 69.544/03-D
Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional


Avaliação Escolar

            Avaliar é demonstrar através de questionamentos e notas o momento em que se encontra o processo de ensino e aprendizagem dos estabelecimentos de ensino, sendo o nosso principal objetivo o educando, utilizando metodologias educacionais que proporcione a construção do conhecimento alicerçada nos pilares que regem a educação. A avaliação está interligada a situação do educador e do educando, se tornando um dos fatores mais explícitos que levam o educando a esquematizar questionamentos referentes ao processo de avaliação escolar. Há, porém contradições em relação à aplicabilidade da avaliação educacional, demonstrando as diferenças individuais dos educandos, valorizando sua criatividade e consciência crítica, trabalhando com o objetivo de executar os conteúdos homogeneamente para se realizar uma avaliação que identifique a real capacidade do educando.
O educando necessita construir o conhecimento e necessita entender o processo de avaliação e identificar sua real importância dentro do processo de ensino e aprendizagem. O ato de avaliar tem sido associado constantemente à prática de fazer provas e exames, para a atribuição de notas que irão repetir ou dar continuidade no ensino no próximo ano letivo. Quando o educador utiliza o processo de avaliação como um ato de transmissão e memorização das informações repassadas, o educador transforma o educando em um ser paciente e receptivo, bloqueando em alguns sentidos o processo de análise crítica.
Na educação contemporânea o processo de avaliar é realizado na maioria dos casos de forma contínua e sistemática dentro da maioria dos estabelecimentos de ensino, diagnosticando a aprendizagem do aluno e visando apenas o programa curricular das escolas. A avaliação deve ser reavaliada e desenvolvida pensando em uma nova prática de investigação disciplinar trabalhando os conhecimentos e as dificuldades de uma forma dialógica.
O processo de avaliação incorreto passa a ser reconhecido como um indicativo de que o educando está relacionando melhor novos conceitos em relação ao processo avaliativo, auxiliando no processo de construção e reconstrução das práticas e metodologias de ensino, deixando de representar a avaliação de forma inadequada. Todo processo disciplinar avaliativo deve ter uma resposta adequada às metodologias propostas, um ponto inicial, demonstrando que novos conhecimentos foram construídos e avaliados adequadamente pela instituição, ocasionando novas possibilidades nas tomadas de decisões que envolvem o processo disciplinar avaliativo.
De acordo com a Lei 9.394/96, a LDB, o sistema avaliativo não é priorizado como algo rigoroso e estático, visando um sistema educacional que trabalhe com notas parciais e médias finais no processo de avaliação escolar sistematizada. A própria LDB quando se refere ao conhecimento transmitido pela instituição de ensino, estabelece parâmetros que visam à avaliação contínua e cumulativa da atuação do educando em sala de aula e na escola como um todo, salientando os aspectos qualitativos do ensino sobre os quantitativos e buscando resultados ao longo do desenvolvimento do ano escolar, não apenas visando as temíveis provas finais.
     Os aspectos que devem ser levados em consideração não são apenas os valores numéricos, mas sim, os registros de desenvolvimento individual do educando dentro dos conteúdos propostos pelo educador e a instituição. No momento em que o educando recebe uma orientação correta sobre como foi avaliado e de qual forma poderá melhorar seu desempenho, saber identificar os pontos onde necessita aprimorar o conhecimento, avaliando o que construiu até aquele momento e tudo que ainda precisa construir e alicerçar com uma base de conhecimento talvez diferenciado.
  Desta forma, se desenvolve novas atitudes práticas que aprimoram o sistema de ensino e aprendizagem, sendo necessário estabelecer novas metas para desenvolver a avaliação através de uma educação com um diálogo aberto e livre para aceitações, estabelecendo trocas de idéias e opiniões através de conversas construtivas que não visem o insucesso do aluno devido a metodologias de ensino tradicionais. Quando nossos educandos se frustram por determinadas questões escolares, acaba gerando um insucesso coletivo, onde educadores e educandos se expõem dentro do ambiente escolar.


Profº. Esp. Juarez Souza Magnus
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