Significado do Símbolo da Biologia
O círculo. Na simbologia das formas, representa a união e perfeição,
daquilo que começa e acaba em si mesmo. Assim, ele condiz com a proposta do
próprio Conselho, somando e interligando valores, laços e vínculos entre os
profissionais representados por essa instituição. Também representa o
movimento, a atividade, reproduzindo a busca por melhores dinâmicas entre as
relações dos biólogos.
O azul, usado de forma mais clara no círculo, é uma cor profunda e
calma, que a princípio, representa a água, mas que também passa a idéia de
maturidade. O azul também é a cor da biologia. A estrutura do DNA traz à tona
um elemento sempre presente no cotidiano do profissional da área de biologia. A
base de sua estrutura forma um espermatozóide, que fecundando o óvulo (círculo
azul) dá origem a uma nova vida, com toda sua complexidade – a essência da
profissão do biólogo.
Fator de
grande importância para qualquer ser vivo, sendo a base dos estudos biológicos,
a natureza é representada pelas folhas da base do círculo. Sua cor, não poderia
ser outra, senão o verde, pois é a cor universal para a representação da
natureza, passando a idéia de frescor, harmonia e equilíbrio.
A
espiral, que se encontra dentro das folhas, é o símbolo da evolução e do
progresso. O biólogo sempre deve buscar novos estudos e pesquisas que possam
atualizar seus conhecimentos e acrescentar informações úteis a sua profissão.
Esse elemento também possui uma interpretação mais subjetiva, podendo ser
traduzido de diferentes formas, como por exemplo, a representação de um caracol
ou da asa de uma borboleta, mostrando a interação do biólogo com a
biodiversidade e o Planeta, na busca de sua conservação, manejo e
sustentabilidade.
O símbolo
traduz conceitos que envolvem o cotidiano do biólogo e também a importância da
vida para esses profissionais. Ao agregar valores de união e evolução à marca
CFBio, busca-se demonstrar a forma dinâmica e pró-ativa de relacionamento do
Sistema CFBio / CRBios com o biólogo e a sociedade.
Torres, M. do Sul / RS, 04 de maio de 2012
Profº. Esp. Juarez Souza Magnus
Licenciatura Plena em Ciências –Habilitação:
Biologia
Biólogo / CRBio-03 Reg. Nº 69.544/03-D
Especialista em Psicopedagogia Clínica e
Institucional
Entendendo um pouco a Evolução
O LEGADO DE
DARWIN
A viagem de
Darwin, aos 22 anos de idade, foi decisiva não somente para culminar com sua
obra-prima, publicada décadas depois, mas para, lentamente, conhecer o universo
teórico do materialismo cartesiano e das referências de Thomas Malthus,
importantes para a realização do conceito de Seleção Natural. A América do Sul,
dada sua imensa diversidade natural, levou o jovem pesquisador a realizar
comparações simples, mas detalhadas: afinal, porque existem semelhanças entre
gigantescos fósseis pré-históricos com alguns animais vivos? Porque algumas
aves, aparentemente da mesma espécie, não voavam e outras sim? Como as espécies
mudam com o tempo? Tais semelhanças não acabavam por aí. Após realizar a
circunavegação pelo globo, Darwin reconheceu alguns exemplares muito parecidos
em regiões diferentes. Os anos de aventuras em alto-mar e as centenas de
anotações guardadas durante décadas ainda não encontravam repostas, ou novas
perguntas que realmente pudessem abrir a chave de alguma compreensão teórica.
Tal feito só ocorreria muito tempo depois, com a leitura dos escritos do
economista Malthus.
As
observações de Malthus se inscrevem na teologia natural. O conceito da “luta
pela existência” é uma expressão já existente na obra de outros autores que
também a emprega, mas sem ênfase particular. Ela fundamenta o modelo econômico
e liberal, perfeitamente adaptada aos interesses do capitalismo nascente. Da
economia à “economia da natureza”, só há um passo; a analogia é eficaz e, de
fato, já fora difundida nas obras dos naturalistas. Darwin se apropria dela e
redimensiona-a. Sem aprofundar as complexas perspectivas teóricas, que não
caberiam aqui, o naturalista percebeu essa vantagem adaptativa, e o resultado
dessa luta ensejaria a formação de uma nova espécie, construindo uma árvore
genealógica, transmitida de geração em geração.
As tartarugas das Ilhas de Galápagos foram fundamentais para as teorias de Darwin.
Um
Paraíso Científico
O período que
Darwin assistiu poderia ser chamado de grandes feitos científicos. As inovações
teóricas de Descartes evolucionou o mundo. O nobre naturalista não poderia
deixar de entrar nessa nova era. Alguns renomados cientistas, e por alguns mais
refutáveis do que aclamados, sustentam que alguns alicerces teóricos que
engrenam várias ciências (humanas, biológicas, sociais, etc) já estão
obsoletas, e que novas perspectivas teóricas deveriam ser testadas, como ocorre
com a física quântica.
Algumas críticas contra a idéia da evolução linear dentro de uma cadeia
hereditária, ou que cada componente de um organismo cumpre uma função dentro da
célula, como uma indústria (extraído do projeto cartesiano), são perspectivas
interessantes. O problema está em apresentar um novo projeto epistemológico.
Entretanto, a
ciência ainda colhe seus frutos, mantendo séculos de idéias modernas, como a
bióloga, imunologista e professora titular da Faculdade de biociências da
PUCRS, Cristina Bonorino: “O que eu acho fascinante no trabalho de Darwin é
que, ao formular a hipótese da Seleção Natural, ele chegou a uma lei universal
que tinha alcance muito a maior do que ele mesmo conseguia imaginar na época.
Ele não tinha noção do alcance a que aquilo poderia ser aplicado.
Dou um
exemplo da minha área de pesquisa, que é a imunologia.
Quando uma
infecção se instala e o corpo produz anticorpos, células diferentes produzem
anticorpos diferentes. Os mais adaptados para combater aquela infecção são as
que sobrevivem. Uma vacina contra um microorganismo é uma forma de ampliar os
números de células aptas a produzir aquele anticorpo.”
Darwin continua
influenciando gerações de pesquisadores, e seu valor, ao que parece,
permanecerão por longo tempo, dados sua aplicabilidade, conforme Francisco
Salzano, da UFRGS, biólogo e especialista em Genética e Evolução Humana: “a
presença de Darwin e do princípio da seleção natural é avassaladora no que se
refere ao conhecimento atual da evolução, tanto em nível de organismo quanto em
nível molecular. A imagem dele permanece tão viva como há 150 anos.”
A EVOLUÇÃO
DOS SERES VIVOS
O mundo não
foi criado por ninguém, nem é imutável. Os organismos estão em um lento e
constante processo de mutação.
O ANCESTRAL
COMUM
Cada grupo de
organismo descende de um ancestral comum. Todos os grupos, incluindo animais,
plantas e microorganismos, remetem a uma única origem da vida na Terra- ameba
original.
A
MULTIPLICAÇÃO DAS ESPÉCIES
As espécies
tendem a se diferenciar, criando novas espécies. O isolamento geográfico de
determinada população, por exemplo, resulta ao longo do tempo no surgimento de
uma nova espécie.
O GRADUALISMO
As populações
se diferenciam gradualmente, de geração em geração, até que novas espécies que
seguiram por um 'galho' da árvore da vida não pertençam à mesma espécie do
'tronco' e de outros 'galhos'.
A SELEÇÃO
NATURAL
Os seres
vivos sofrem mutações genéticas e podem passá-las a seus descendente. Cada nova
geração tem sua herança genética posta à prova pelas condições ambientais em
que vive.
Confusões
entre a Ciência e o Criacionismo
A briga entre
os evolucionistas e criacionistas não se encerrou no século XIX. A contenda
continua ampliando para políticas públicas, como nos EUA, de onde a teoria da
evolução está sendo gradualmente banida dos bancos escolares, contra a teoria
docriacionismo.
Existem
tambem intelectuais universitários criacionistas, que apontam fragilidades
estruturais na teoria darwinista, como a falta de comprovação fóssil para
alguns enigmas, assim como a desconsideração dada pelas substâncias
intracelulares, como enzimas e outras proteínas que, à luz da época, também não
eram conhecidas. Mas na tentativa de invalidar o evolucionismo, se envereda
para o campo da idéia do Grande Planejador, por assim dizer, Deus. Na dúvida
científica dos porquês da existência de tal espécie.
A antiga
questão que aflige os seres humanos sobre a nossa origem mais ancestral estanca
na linguagem pseudo-científica, que muda de direção e erra o alvo, na medida em
que a idéia central de Darwin não é questionar se o Divino existe ou não, e
sim, como as espécies se mantêm em nosso universo, através de adaptações e
lutas pela sobrevivência.
Talvez, para
Darwin, a grande questão não está em saber se é Deus ou não o Grande
Planejador. Existem estudos para tais argumentações, dirigidas para Filosofias
distintas. O grande problema é tentar unir o conhecimento científico com o
teológico com vistas a comprovar a veracidade de um ou outro campo.
O Darwinismo explica porque...
...temos
cóccix - localizado na base da coluna, é um indício de que os
ancestrais humanos tinham rabo. Como nem chimpanzés nem gorilas têm cauda, é provável
que o rabo tenha desaparecido muito cedo, no ancestral comum entre o homem e os
grandes primatas...
...temos
dentes de siso - enquanto o crânio aumentou, a mandíbula diminuiu.
Desprezados por todos, excetuando-se os dentistas, os dentes de siso daam da
época em que os homens possuíam mandíbulas maiores...
...sofresse
de apendicite - em anumais cuja alimentação consiste de plantas, o
apêndice é bem maior que o humano e auxilia na digestão. Indica que algum
ancestral nosso era herbívoro. Para o homem, essa estrutura serve apenas para
abrigar infecções...
...sentimos
arrepios - em resposta ao medo, gatos, cães e outros mamíferos eriçam
o pelo, parecendo maiores diante do inimigo. A seleção natural removeu os pelos
dos seres humanos, mas manteve o mecanismo que os deixa eriçados, causando o
arrepio...
...sentimos
as dores do parto - para abrigar o cérebro avantajado, o crânio do
bebê é grande em relação ao corpo. Já o canal da bacia, por onde o bebê passa
durante o parto, não pode aumentar na mesma proporção, porque a posição ereta
do ser humano exige uma pélvis relativamente estreita. Um bebê com crânio
grande, tendo que passar por um canal pequeno, para completar o nascimento...
Bibliografia:
DARWIN,
Charles. A Origem das Espécies. Texto integral. Tradução: John Green
Revista
Veja.Editora Abril,edição 2099-ano 42-6 fev.2009.
Revista
Scienfic American Brasil.Editora Duetto
Zero
Hora.Caderno de Cultura.14 d fevereiro de 2009.pg 04 e 05
Imagens do
site Darwin on-line.dez 2008
Documentários
Globo News darwin 200 anos 21-28/1 e 04-11/02 de 2009
National
Geografic21/02/2009
Torres, M. do Sul / RS, 04 de maio de 2012
Profº. Esp. Juarez Souza Magnus
Licenciatura Plena em Ciências –Habilitação:
Biologia
Biólogo / CRBio-03 Reg. Nº 69.544/03-D
Especialista em Psicopedagogia Clínica e
Institucional