Sejam bem-vindos!

“Não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da Humanidade.”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec)

Procurando no Blog

domingo, 27 de maio de 2012

Reflexão para os Pais e Mães de nossa "Sociedade Desordenada"


“Pais e Mães Más”
Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:
Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
Eu os amei o suficiente para na obter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar as balas que tiraram do supermercado ou as revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: “Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar.”
Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
Eu os amei o suficiente para deixar assumir a responsabilidade das suas ações mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em momentos até odiariam). Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também!
E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, quando eles lhe perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhe dizer:
“Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...”
As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos e torradas.
As outras crianças bebiam refrigerantes e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela nos obrigava a jantar a mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem vendo televisão.
Ela insistia em saber onde estávamos a toda hora (tocava nosso celular de madrugada e “fuçava” nos e-mails). Era quase uma prisão.
Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela “violava as leis do trabalho infantil.”
Nós tínhamos de tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruel.
Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.
Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos.
A nossa vida era mesmo chata. Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos, tinha que subir, bater à porta, para ela os conhecer.
Enquanto todos podiam voltar à noite, com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).
Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.
Foi tudo por causa dela.
Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos “pais maus”, como minha mãe foi.
Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: não há suficiente pais e mães más.
(Carlos Hecktheuer – Médico Psiquiatra)
Reportagem da Zero Hora do dia 02/07/2003.
           
O quanto estas palavras se assemelham conosco?
Alguém se atreveria a responder? Bah! Realmente é complicado “Educar e ser Educado!”
Será que podemos considerar estes atos ou os Pais e Mães Más? Ou, será que podemos parar, refletir e concordar com o texto? Está é uma questão muito ampla e que afeta toda a sociedade contemporânea e também afetou consideravelmente nossos antepassados, de uma forma positiva ou negativa. A questão de limites e regras é algo que está completamente desordenado na sociedade atual, vivemos um caos crescente em alguns momentos, quando o assunto a ser tratado chama-se convivência e educação.
            Será que a geração que nos educou é a mesma que hoje nos critica? Sim e não! Ou, será que a geração atual não educou e ainda critica? Esquecemos de valorizar o humano enquanto indivíduo social e acabamos rotulando por influências diversas, com isso perdemos o senso de direção e acabamos nos desviando do ato de educar com seriedade.
            Devemos cuidar de dar um passo à frente enquanto Educadores (as), ou Pais e Mães Más, um passo apenas; por menor que seja, será o inicio de uma nova caminhada. A preocupação consigo mesmo enquanto orientador de mentes inquietas, irá nos induzir à tristeza em alguns momentos, isso se a base não for sólida. Se não nos habituarmos constantemente a esperar o inesperado a cada instante, quando ele vier não o reconheceremos; e talvez seja tarde para alguma decisão de extrema importância para nossa caminhada.
            É isso. Refletir é preciso quando o assunto é educação. Pois, é impossível avaliar a força que possuímos sem medir o tamanho dos obstáculos que ela pode vencer, nem o valor de uma ação sem sabermos o sacrifício que ela comporta.
            Então Educadores (as): “Nunca, jamais, devemos ser duros demais quando queremos que o coração do outro se abra. E assim, talvez se manifeste a paixão pelo aprender e ensinar. Mas, nunca devemos esquecer-nos de colher as rosas enquanto estão vivas; amanhã elas não estarão como hoje. Pois, o maravilhoso da Educação é nossa capacidade de torná-la realidade.
Profº. Esp. Juarez Souza Magnus
Licenciatura Plena em Ciências –Habilitação: Biologia
Biólogo / CRBio-03 Reg. Nº 69.544/03-D
Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional

Seguidores

Powered By Blogger