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“Não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da Humanidade.”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec)

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sábado, 2 de junho de 2012

Feira de Ciências - Como organizar de forma simples?


Um projeto de pesquisa para Feira de Ciências
A melhor maneira de se aprender alguma coisa é praticando, mesmo que algo saia errado. Ler bons livros, revistas, assistir sempre as aulas de ciências com atenção, participar de eventos em outros colégios ou instituições nos fornecem um vasto conhecimento, mas só conseguimos aprender verdadeiramente quando colocamos em prática os conhecimentos adquiridos. Eu sempre digo que devemos fazer seja certo ou errado, isto quer dizer que se for certo ótimo, nota 10, se for errado aprendemos a não mais errar, portanto devemos sempre ser ousados pois, a palavra experimentação na ciência já diz tudo. Quantos experimentos foram feitos sem êxito até que se chegasse à cura de uma determinada doença ou a descoberta de um determinado medicamento ou equipamento.
Para realizar um experimento devemos ter as mesmas responsabilidades que um profissional da área científica, ou seja:
1.      Organizar;
2.      Observar;
3.      Pesquisar;
4.      Investigar;
5.      Adotar critérios para a pesquisa utilizando à ética;
6.      Experimentar e validar resultados das fases do experimento;
7.      Garantir total segurança e qualidade durante a elaboração da pesquisa;
8.      Fazer uma boa apresentação da conclusão do experimento.
Todos esses itens citados anteriormente devem ser seguidos com cuidado e atenção, pois, os resultados de seu experimento ou pesquisa poderão ser observados por profissionais do ramo científico podendo futuramente abrir portas para uma brilhante carreira chegando a realização pessoal e profissional.
A exposição de um determinado experimento ou pesquisa em uma feira de ciência escolar apresentado com muita organização, um interessante material visual e escrito pode transmitir muitas informações para profissionais da área científica que assimilam tudo, bem como para as demais profissões menos especializadas que sempre encontram alguma coisa de interessante para enriquecer seu conhecimento.
Hoje em dia quase todas as instituições de ensino fazem uso das “Feiras de Ciência” onde, não podemos negar, são divulgados vários experimentos estimulando com isso o intercâmbio de conhecimentos entre instituições escolares e em conseqüência o progresso na área científica incentivando o jovem estudante, bem como fazendo-se valer de um instrumento educativo de alto nível de rendimento escolar. Muitos profissionais da área buscam nessas feiras resultados para problemas através das técnicas apresentadas nos trabalhos dando assim oportunidades de crescimento aos expositores que mais se destacam.
A cada ano que passa os alunos se aprimoram mais até chegar ao primeiro lugar na apresentação de pesquisa em uma feira de ciência, por isso não desanime, não se deve desistir e sim adquirir experiência e procurar melhorar identificando erros e caprichando mais para o próximo ano e a próxima feira.
Vamos Elaborar um Projeto de Pesquisa Científica?
                                                                   Primeiro Ponto:                                      
Vamos precisar de tempo (não esquecendo das outras obrigações), espaço para o desenvolvimento da pesquisa, esforço físico e mental, um profissional científico caso se precise de alguma orientação e algum dinheiro (se necessário).
Tenha sempre a mão uma caderneta de anotações, anote tudo, qualquer detalhe, idéias momentâneas, sugestões, tipo de material observado em algum local, endereços de profissionais etc. Tudo, tudo deverá ser anotado isso poderá ser mais tarde um dos pontos para o fechamento de uma pesquisa. E não devemos esquecer que para garantir a qualidade e validação do experimento tudo deverá estar anotado.
Segundo Ponto:
Escolher um tema que não seja muito comum. Tente escolher algo novo para estimular seu raciocínio e não parecer rotina, mas, também não se empolgue muito escolhendo temas mirabolantes que não se consiga chegar a lugar algum com êxito. Lembre-se de que você é um estudante e não um cientista com uma vasta bagagem profissional, materiais, equipamentos e toda uma equipe de apoio. Você deve dar um passo atrás do outro, sem tropeços e caídas, pois é devagar que se vai longe. Ouse, mas saiba dosar essa ousadia. De preferência a escolha de um tema que possa abrir pesquisas para os anos seguintes. Peça a ajuda de seus professores, discuta seu projeto de pesquisa com eles.
Terceiro Ponto:
Após a escolha do tema, listar todas as necessidades de serviços para elaboração da pesquisa. Como exemplos podemos citar:
1.      Biblioteca;
2.      Marcenaria;
3.      Eletrônica;
4.      Vidraçaria;
5.      Gráfica;
6.      Informática;
7.      Oficina de pintura;
8.      Mecânica;
9.      Serralheria;
10.  Outros serviços.
De posse de uma caderneta de anotações, fazer contato com os profissionais dos serviços necessários e avaliar os custos. Tente fazer parcerias. Quanto mais parcerias conseguir, mas baixo ficará o custo do projeto de pesquisa.
Para conseguir uma parceria deve-se conversar com o profissional do serviço e explicar o objetivo do projeto bem como a que se destina e onde será apresentado solicitando sua ajuda, seja da mão de obra ou até mesmo do material, que muitas das vezes é mínimo, para elaboração do projeto em troca de espaço para um agradecimento ao estabelecimento bem como uma propaganda do serviço prestado.
A humildade é uma das pernas da sabedoria. Tente também uma parceria com um colega de colégio. Duas cabeças pensam melhor que uma e assim sucessivamente, mas, lembre-se para elaboração de um projeto precisamos de parcerias de qualidade e não de quantidade. Com muita educação podemos conseguir ótimos parceiros.
Quarto Ponto:
Após o contato com o prestador de serviço, listar todos os materiais necessários para elaboração do projeto. Como exemplo citaremos:
1.      Madeira;
2.      Vidro;
3.      Ferro;
4.      Papel;
5.      Fios;
6.      Plástico e outros.
Lembre-se que, o profissional dos serviços solicitados, não pode elaborar seu projeto, o autor é você. Você terá que aprender a manusear equipamentos como furadeiras, chave de lenda, martelo etc. Se não souber, peça ajuda de um adulto. Você deverá conversar com seus pais para assegurar uma excelente ajuda principalmente no que diz respeito ao financeiro e local para o desenvolvimento do projeto.
A primeira vez tudo parece confuso e por vezes pensamos em desistir, mas tudo isso é fruto da inexperiência a medida que vamos vendo a pesquisa se desenvolvendo vamos nos sentindo importantes e deslumbrados em chegar logo às conclusões.
Vamos Planejar agora a Exposição de sua Pesquisa?
Tudo deve estar do jeito que o visitante gosta de ver, porque exposição é tudo aquilo que o público verá. Para isto existem dois pontos muito importantes para o planejamento da exposição, que são: a organização e a limpeza.
Organização
1.      A organização do painel de apresentação deve fazer sentido para os visitantes que nunca viram seu projeto e muitas das vezes desconhecem o assunto. Siga os tópicos do painel.
Título – O título do trabalho deve ser bem curto, simples, mas que prenda a atenção dizendo diretamente do que se trata o projeto.
Autores – Nome do autor ou autores do trabalho.
Subtítulo – É simplesmente o resumo da pesquisa, sem muita embromação.
Dissertação – É a explicação da pesquisa propriamente dito, seja bastante claro, explique suas hipóteses, métodos utilizados e dados obtidos.
Conclusão – Deve ser o mais clara possível para que todos compreendam.
Ilustrações – Devem estar embutidas no trabalho na medida em que se vai dissertando a pesquisa, quanto melhor, procure colocar cores fortes para chamar atenção dos visitantes.
Bibliografia – Deve ser citada toda a bibliografia utilizada nas pesquisas bem como seus autores.
Agradecimentos – Reservar um espaço para citar o nome dos estabelecimentos e das pessoas que colaboraram de alguma forma com a sua pesquisa.
2. Elaboração de folhetos explicativos sobre a pesquisa. Esses folhetos são muito importantes e devem ser distribuídos aos visitantes para que eles tomem conhecimento do que se trata a pesquisa. No ato da entrega deve-se falar somente o necessário, pois o visitante tem muito o que ver na feira e a partir do terceiro stand não se recordará mais do que você explicou e tenha certeza que, se houver interesse, ele voltará.
Neste folheto deve conter uma síntese breve sobre a pesquisa, uma introdução com informações básicas, o material e a técnica utilizada, alguns dados obtidos, a bibliografia, os agradecimentos e a identificação do (s) autor (es) com um meio de comunicação com os mesmos no caso de algum visitante se interessar pela pesquisa ou até mesmo tirar dúvidas sobre a mesma.
3. Fazer a apresentação através de amostras do objeto da pesquisa, aparelhos e equipamentos que demonstrem claramente o projeto prendendo, assim, a atenção do visitante.
4. Fazer a escolha do local onde ficará sua exposição é muito importante, escolha sempre um local significativo e de trânsito direto do visitante.
5. Sua aparência também é bastante importante, os cabelos devem estar penteados, as roupas bem arrumadas e ainda podemos citar algumas formas de uma apresentação pessoal para todo o grupo de expositores:
1.      Camiseta com o logotipo da feira;
2.      Crachat de identificação para os expositores;
3.      Uniforme da instituição bem impecável;
4.      Jalecos com o logotipo da instituição;
5.      Bonés com o logotipo da instituição ou da feira, dentre outros. 
6. A pesquisa poderá ser exposta de uma maneira bem simples, torno a repetir, o que interessa é um conteúdo interessante com uma apresentação organizada. Sobre uma mesa, como mostra o exemplo abaixo, use uma estrutura de papelão ou compensado fino para fixar o material descrito antes e os equipamentos que ficarão expostos sobre a própria mesa.
A partir desta apresentação pode-se ter idéias de outras mais sofisticadas depende do espaço físico a que se tem direito para expor a pesquisa, dos recursos adquiridos através das “parcerias” ou do recurso financeiro de cada expositor. Caso você venha a ganhar o primeiro lugar este “stand” poderá, quem sabe, ser montado e desmontado por várias vezes em várias exposições, por isso, faça-o com capricho para que não se estrague com facilidade, utilize dobradiças para fecha-lo ao invés de desmonta-lo todo.
Citarei logo abaixo alguns materiais necessários para montagem do “stand”:
1.      Papelão ou compensado;
2.      Fita crepe;
3.      Fita dupla face;
4.      Cartolina colorida.
7- Agora, mãos a obra tudo depende de você e do seu lado criador e cientista. A força de vontade e a ousadia caminham junto com a realização pessoal.
Profº. Esp. Juarez Souza Magnus
Licenciatura Plena em Ciências –Habilitação: Biologia
Biólogo / CRBio-03 Reg. Nº 69.544/03-D
Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional




A Carta da Terra


PREÂMBULO
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum.
Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações.
Terra, Nosso Lar
A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todas as pessoas. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.
A Situação Global
Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos eqüitativamente e o fosso entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causa de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológicos e sociais. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.
Desafios Para o Futuro
A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais, não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos ao meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano.
Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados, e juntos podemos forjar soluções includentes.
Responsabilidade Universal
Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade terrestre bem como com nossa comunidade local. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual a dimensão local e global estão ligadas.
Cada um compartilha da responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida, e com humildade considerando em relação ao lugar que ocupa o ser humano na natureza.
Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, todos interdependentes, visando um modo de vida sustentável como critério comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos, e instituições transnacionais será guiada e avaliada.
PRINCÍPIOS
I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DA VIDA
1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.
a. Reconhecer que todos os seres são interligados e cada forma de vida tem valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos.
b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.
2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.
a. Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais vem o dever de impedir o dano causado ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas.
b. Assumir que o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder implica responsabilidade na promoção do bem comum.
3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.
a. Assegurar que as comunidades em todos níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e proporcionem a cada um a oportunidade de realizar seu pleno potencial.
b. Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a consecução de uma subsistência significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.
4. Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações.
a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.
b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem, em longo prazo, a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.
Para poder cumprir estes quatro amplos compromissos, é necessário:
II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA
5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida.
a. Adotar planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável em todos os níveis que façam com que a conservação ambiental e a reabilitação sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.
b. Estabelecer e proteger as reservas com uma natureza viável e da biosfera, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.
c. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçadas.
d. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que causem dano às espécies nativas, ao meio ambiente, e prevenir a introdução desses organismos daninhos.
e. Manejar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida marinha de forma que não excedam as taxas de regeneração e que protejam a sanidade dos ecossistemas.
f. Manejar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis de forma que diminuam a exaustão e não causem dano ambiental grave.
6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.
a. Orientar ações para evitar a possibilidade de sérios ou irreversíveis danos ambientais mesmo quando a informação científica for incompleta ou não conclusiva.
b. Impor o ônus da prova àqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que os grupos sejam responsabilizados pelo dano ambiental.
c. Garantir que a decisão a ser tomada se oriente pelas conseqüências humanas globais, cumulativas, de longo prazo, indiretas e de longo alcance.
d. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.
e. Evitar que atividades militares causem dano ao meio ambiente.
7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.
a. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.
b. Atuar com restrição e eficiência no uso de energia e recorrer cada vez mais aos recursos energéticos renováveis, como a energia solar e do vento.
c. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência eqüitativa de tecnologias ambientais saudáveis.
d. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam as mais altas normas sociais e ambientais.
e. Garantir acesso universal à assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.
f. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo finito.
8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a ampla aplicação do conhecimento adquirido.
a. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada a sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.
b. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuam para a proteção ambiental e o bem-estar humano.
c. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, estejam disponíveis ao domínio público.
III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA
9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.
a. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não-contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, distribuindo os recursos nacionais e internacionais requeridos.
b. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma subsistência sustentável, e proporcionar seguro social e segurança coletiva a todos aqueles que não são capazes de manter-se por conta própria.
c. Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem, e permitir-lhes
desenvolver suas capacidades e alcançar suas aspirações.
10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável.
a. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro das e entre as nações.
b. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e isentá-las de dívidas internacionais onerosas.
c. Garantir que todas as transações comerciais apóiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas.
d. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas conseqüências de suas atividades.
11. Afirmar a igualdade e a eqüidade de gênero como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas.
a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas.
b. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias.
c. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e a educação amorosa de todos os membros da família.
12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social, capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, concedendo especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.
a. Eliminar a discriminação em todas suas formas, como as baseadas em raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.
b. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas a formas sustentáveis de vida.
c. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seu papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.
d. Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.
IV.DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ
13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e proporcionar-lhes transparência e prestação de contas no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões, e acesso à justiça.
a. Defender o direito de todas as pessoas no sentido de receber informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que poderiam afetá-las ou nos quais tenham interesse.
b. Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações na tomada de decisões.
c. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de assembléia pacífica, de associação e de oposição.
d. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos administrativos e judiciais independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela ameaça de tais danos.
e. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.
f. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde possam ser cumpridas mais efetivamente.
14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.
a. Oferecer a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.
b. Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na educação para sustentabilidade.
c. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no sentido de aumentar a sensibilização para os desafios ecológicos e sociais.
d. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma subsistência sustentável.
15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
a. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los de sofrimentos.
b. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento extremo, prolongado ou evitável.
c. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.

16. Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz.
a. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro das e entre as nações.
b. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para manejar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.
c. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até chegar ao nível de uma postura não-provocativa da defesa e converter os recursos militares em propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.
d. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em massa.
e. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico mantenha a proteção ambiental e a paz.
f. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual somos parte.
O CAMINHO ADIANTE
Como nunca antes na história, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa dos princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.
Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável aos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa, e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão.
Devemos aprofundar expandir o diálogo global gerado pela Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca iminente e conjunta por verdade e sabedoria.
A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Porém, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva.
Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacional legalmente unificador quanto ao ambiente e ao desenvolvimento.
Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela justiça e pela paz, e a alegre celebração da vida.
Profº. Esp. Juarez Souza Magnus
Licenciatura Plena em Ciências –Habilitação: Biologia
Biólogo / CRBio-03 Reg. Nº 69.544/03-D
Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional

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