O percurso da água
através da planta. Na maioria das plantas, a entrada de água faz-se
principalmente através das células epidérmicas e pêlos radiculares das
extremidades das raízes. Em muitas árvores e arbustos parece que também se verifica
uma absorção apreciável de água através das porções mais velhas e suberizadas
do sistema radicular.
Sejam quais forem os
tecidos que a água atravessa, esta atinge finalmente o interior dos vasos
lenhosos ou dos traqueídeos do xilema radicular. Uma vez nos vasos xilêmicos, o
sentido geral do movimento da água é ascendente. O xilema que se inicia na
proximidade das extremidades das raízes é contínuo ao longo destas e dos caules
e pecíolos das folhas, terminando no mesófilo da folha, após ter sofrido intensa
ramificação. A maioria das células de uma folha encontra-se a pequena distância
de um vaso condutor ou da extremidade de um destes vasos.
O xilema, ao longo do
qual a água se desloca constitui assim um sistema contínuo no interior da
planta. A água desloca-se em massa na maior parte do seu percurso através das
traquéias e traqueídeos. Dos vasos xilêmicos existentes na folha, a água passa
para as células do mesófilo, e deste de célula para célula, acabando por se
evaporar, pelo menos em sua maior parte, nos espaços intercelulares.
Embora a maior parte do
volume de H²O que passa através da planta siga este trajeto, e seja eliminado
na transpiração, há pequenas quantidades que escapam por outro destino,
passando para células vivas adjacentes dos feixes, sendo utilizadas na divisão
celular e no aumento do volume das células, especialmente da zona cambial. As
células clorofiladas utilizam parte deste H²O no processo de fotossíntese.
DISCUSSÃO
Teorias sobre o
mecanismo de translocação da água através da planta.
Teorias vitalistas. Embora as traqueias e traqueídeos, ao longo dos quais se verifica o movimento longitudinal da água, seja constituído por células mortas, eles estão sempre em contato com células vivas. Por tal motivo tem-se sugerido, por vezes, que o movimento ascendente da água está diretamente dependente das células vivas, embora não se disponha de quase nenhuma evidência direta que suporte tal idéia.
Teorias vitalistas. Embora as traqueias e traqueídeos, ao longo dos quais se verifica o movimento longitudinal da água, seja constituído por células mortas, eles estão sempre em contato com células vivas. Por tal motivo tem-se sugerido, por vezes, que o movimento ascendente da água está diretamente dependente das células vivas, embora não se disponha de quase nenhuma evidência direta que suporte tal idéia.
Pressão radicular. É
frequente observar-se a exsudação de seiva xilêmica em ramos ou árvores recentemente
cortados ou ainda em incisões ou orifícios feitos na planta. A maioria de tais
exsudações resulta de uma pressão que se exerce no líquido xilêmico em consequência
de um mecanismo que funciona nas raízes.
Embora seja uma
realidade que a pressão radicular, em certas espécies e sob certas condições, é
responsável pelo movimento ascendente de uma parte da água, são várias as
razões que não permitem considerar esse processo como principal, nem o mais
importante, pois em algumas espécies esse fenômeno nem foi observada, a pressão
não é suficiente para forçar a subida de água até as partes mais elevadas das
plantas e, além disso, a taxa de movimento de H²O, resultante da pressão
radicular é suficiente para compensar as taxas da transpiração.
TEORIA
DA COESÃO DA ÁGUA
As moléculas de H²O são
fortemente atraídas pelas outras, apesar de estarem em movimento continuo. Em
massas de água no estado líquido, a existência dessas interações moleculares
não é evidente, mas quando a H²O se encontra presa em algum recipiente, tais
como tubos de ensaio de pequeno diâmetro, a presença dessas atrações é bastante
visível.
Se a água da
extremidade superior sofrer uma força de sucção, o efeito será transmitido para
toda coluna, devido à ação de atração mútua denominada de coesão, porém devido
a adesão das moléculas de H²O com a parede do tubo, a água, não se afasta da
parede do tubo.
A tensão desenvolvida
nos elementos do vaso condutores transmite-se ao longo de todo comprimento até
as extremidades inferiores ( próximos à raiz )e, provavelmente através dos
tecidos da raiz. O valor da tensão que se desenvolve nos vasos do xilema
aumenta em condições que favoreçam uma taxa de transpiração superior à taxa em
que a água está sendo absorvida pelas raízes.
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Profº. Esp. Juarez Souza Magnus
Licenciatura Plena em Ciências –Habilitação: Biologia
Biólogo / CRBio-03 Reg. Nº 69.544/03-D
Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional
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