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(O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec)

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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Texto 10 - AIDS I e II


AIDS I: A Doença sem cura
Agora o negócio é sério. Hoje vamos falar de uma das mais graves doenças que já sugiram neste planeta: a AIDS.
Como todo mundo sabe, esta doença, que provavelmente veio dos macacos da África, é transmitida facilmente entre aqueles que, no mínimo, nem desconfiam que estejam contraindo a doença.
A AIDS é coisa séria, uma doença que pode levar até a morte se não tratada a tempo. É claro que existem os medicamentos contra ela. Pena que eles só amenizam seus sintomas e alongam um pouco a vida dos contaminados.
A partir desse momento, estaremos esclarecendo, a maioria das duvidas em relação a esta doença, e espero ajudar a todos os interessados nas verdades e mentiras deste mal.
O que é AIDS?
O nome AIDS é uma sigla americana referente à Acquired Imune - Deficiency Syndrome, que em português significa: Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida.
Qual a causa da AIDS?
A AIDS é uma doença provocada pelo vírus HIV que ataca e enfraquece o Sistema Imunológico, podendo levar a sua destruição.
O vírus HIV?
O vírus HIV é uma partícula extremamente pequena (1/1000 mm) constituída de proteínas, lipídios (gorduras) e por RNA (ácido ribonucléico, seu material genético).
Como surgiu o vírus da AIDS?
Até hoje ainda não sabemos como se originou esse vírus. Existem várias teorias, mas ainda não há provas convenientes. Sabe-se, no entanto, que os primeiros vestígios de seu surgimento estão na África.
De lá, através da imigração, teriam levado a doença até o Haiti, de onde seus moradores o transmitiram aos EUA e de lá para todo o mundo.
Os primeiros diagnósticos da doença nos EUA foram feitos em 1979, e no Brasil em 1982.
Qual a importância do Sistema Imunológico?
No meio em que vivemos, estamos constantemente em contato com um grande número de microorganismos (vírus, bactérias, fungos etc), que são agentes infecciosos. Eles são responsáveis por várias doenças e, se eles se multiplicarem de maneira descontrolada em nosso organismo, podem nos levar a morte.
No entanto, em um individuo normal, a grande maioria das infecções tem uma duração limitada não causando grandes danos ao organismo. Isto ocorre porque temos em nosso corpo, um verdadeiro exército de prontidão, cuja função é destruir os agentes infecciosos.
Este exército é constituído por células especiais chamadas linfócitos, que são os glóbulos brancos do sangue. A este sistema de defesa damos o nome de Sistema Imunológico.
Como o sistema imunológico desempenha sua função?
Existem dois grandes grupos de linfócitos: os linfócitos T e os linfócitos B, que atuam de maneira diferente.
Um tipo de linfócito T, o linfócito T4, age como general do exército das operações de defesa. Quando um microorganismo invade nosso corpo, ele é reconhecido pelos linfócitos T4 que recrutam outros linfócitos T e B para elimina-lo.
 Como o vírus da AIDS ataca o sistema imunológico?
O HIV ataca especificamente o linfócito T4, tornando-se os novos generais do sistema imunológico. Assim como todos os tipos de vírus, o HIV não consegue sobreviver fora de uma célula. Por isso o HIV une o útil ao agradável.
É como se ele pensasse: "já que tenho que arranjar uma casa vai invadir a casa do prefeito". É por isso que ele ataca justamente os linfócitos T4 para ter o comando do sistema de defesa do corpo humano.
Ao penetrar no T4, o HIV tem duas alternativas a seguir:
O vírus permanece dormente ou em estado de latência no interior do linfócito. A infecção existe, porém as pessoas não apresentam sintomas.
O vírus, por mecanismos não totalmente alucinados, entra em atividade multiplicando-se dentro do linfócito, produzindo novos vírus que acabam destruindo a célula. Após isso eles vão para a corrente sanguínea e invadem novos linfócitos T4. Após a destruição de todos eles é que aparecem os primeiros sintomas da doença.
As pessoas com AIDS ficam vulneráveis a doenças que não seriam ameaças para alguém com um Sistema Imunológico em perfeito estado de conservação.
O beijo pode transmitir AIDS?
Enquanto um beijo social não apresenta risco de infecção, o beijo profundo e prolongado que envolve a troca de grande quantidade de saliva e possibilita a exposição de pequenas quantidades de sangue, pode ser visto como uma atividade de risco; porém, nunca foi documentado na literatura científica internacional nenhum caso de contaminação do vírus HIV através de um beijo na boca.
O sexo oral pode transmitir a AIDS?
Embora nenhum caso tenha sido registrado, acredita-se que esse tipo de transmissão seja possível. Isto porque sempre existe risco de que o vírus do esperma ou de secreção vaginal de pessoas infectadas possa entrar em contato com o sangue, através das mucosas bucais, que com freqüência apresentam lesões.
Transmissão por transfusão de sangue?
A transfusão de sangue infectado transmite o vírus. Este meio de transmissão não deveria constituir um risco de vida hoje em dia, uma vez que existe, há algum tempo, um teste de fácil execução para se detectar a contaminação do sangue.
No entanto, aqui no Brasil embora seja obrigatória a realização deste teste, ele ainda não vem sendo satisfatoriamente utilizado em todos os bancos de sangue do país. Assim sendo, transfusões sanguínea só deverão ser feitas em casos de absoluta necessidade.
Transmissão por instrumentos cortantes e seringas contaminadas?
As seringas e agulhas contaminadas podem transmitir a AIDS. Estão particularmente expostos a esse perigo, os viciados em drogas que compartilham a mesma seringa.
Outros instrumentos, tais como agulhas de acumputura e de aplicação de tatuagens teoricamente também podem transmitir AIDS a pessoas que tenham a pele perfurada por esses instrumentos.
Portanto as seringas e as agulhas devem ser desinfectados após a sua utilização, o se possível devem ser utilizados agulhas e seringas descartáveis.
O mesmo cuidado, por precaução deve ser tomado com alicates de unha, lâminas de barbear, tesouras etc.
Transmissão da mãe contaminada para o filho?
Este tipo de transmissão ocorre no momento do parto ou através da placenta durante a gravidez. Após o nascimento, também é possível uma contaminação através do leite materno.
Por esses motivos é desaconselhável que pessoas soropositivas tenham filhos.
Homossexuais e bissexuais?
Os homens homossexuais e bissexuais representam o grupo mais exposto até o momento no Brasil.
AIDS II: AS ORIGENS DA AIDS
            A partir de descobertas bastante recentes, chegamos ao que parece ser o primeiro portador identificado: o macaco cinza da África. 70% desses macacos estariam infectados por um vírus semelhante ao que afeta o homem.
Supõe-se que o vírus tenha passado para o homem nos últimos 20 a 40 anos. Como? Ignora-se, e se está sempre no domínio das hipóteses. Um fato continua praticamente garantido: foi desse macaco que o vírus partiu para se expandir entre as populações humanas, primeiro africanas e em seguida não africanas.
A DISSEMINAÇÃO
Os primeiros registros de casos foram feitos em 1981, nos Estados Unidos, e referiam-se a casos acontecidos em 1979. Foi em 81 que o Centro de Controle de Doenças dos EUA concluiu ser a AIDS uma doença nova. A identificação permitiu detectar casos anteriores também nos EUA, datados de 78. No Brasil, os primeiros casos foram diagnosticados em 82 e revelados em 83.
Segundo alguns especialistas, antes de ser conhecida nos EUA a AIDS já existiria em regiões equatoriais da África, de forma endêmica (constante e permanente). Análises do plasma sangüíneo estocado revelaram a presença do vírus para os EUA e Europa teria ocorrido através de emigrantes africanos, nos, nas décadas de 60 e 70. Em 1985 um vírus semelhante ao da AIDS foi identificado no macaco verde, que vive na África.
OS SUJEITOS DA TRANSMISSÃO
A dimensão dessa disseminação levanta o problema da transmissão. Através de que caminhos a AIDS circularia de um a outro, sem que nenhum dos dois tenha conseqüência disso, a maior parte do tempo?
A princípio tendia-se a ligar transmissão desse mal apenas ao homossexualismo. Teria sido pelo contato sexual como o praticam os homossexuais que o vírus teria sido veiculado de uns para outros. Mas uma observação mais ampla e mais aguda rompeu essa exclusividade e revelou que, se a prática homossexual é, infelizmente, privilegiada na contaminação do tipo AIDS, não é o único veículo através do qual esta possa propagar-se. Chegou-se, assim, a estabelecer categorias diversas de transmissores.
OS "GRUPOS DE ALTO RISCO"
Estabeleceu-se, primeiro, a partir de uma observação muito atenta que certas categorias de indivíduos constituíam grupos de alto risco. São duas:
OS HOMOSSEXUAIS
O tipo de relação que se pratica entre homossexuais facilita muito a incubação do vírus. Com efeito, recorre-se frequentemente à relação anal que se insere num contexto fisiológico que oferece perigos múltiplos. Tanto o ânus quanto o pênis tornam-se extremamente vulneráveis, sofrendo feridas imperceptíveis que fazem com que sangue e esperma se misturem, um e outro constituem o meio de crescimento por excelência do vírus.
A homossexualidade não é, portanto, o reduto da AIDS. Sabe-se hoje em dia que se propaga igualmente e cada vez mais através do contato heterossexual. Os grupos de alto risco continuam sendo os que reúnem os homossexuais e os toxicômanos. No entanto, partindo desses grupos a propagação da AIDS difundiu-se cada vez mais. Os fatores de transmissão multiplicam-se com o número de sujeitos atingidos, de modo que se mesmo as relações heterossexuais, que são o que existe de mais normal e natural, tornam-se, por sua vez, um perigo. Menor, sem dúvida, mas mesmo assim um perigo, e sério. Essas relações também exigem condições que possam garantir a prevenção. Veremos mais tarde quais são.
A MATERNIDADE
Com o aumento da proporção de heterossexuais que podem se portadores do vírus, vê-se que, fatalmente, o número de mães atingidas também se eleva de modo que não deixa de ser alarmante. Na França, por exemplo, calcula-se que mais de 10.000 mulheres em idade de procriar estão infectadas e que têm uma chance em duas de dar à luz um bebê infectado. Por outro lado é preciso observar que a maioria das mães infectadas só o ficou depois de se tornarem dependentes da toxicomania. Já está solidamente estabelecido que quase todos os bebês, que nasceram de mães que se drogavam por via endovenosa ou cujo parceiro sexual se drogava do mesmo modo, foram infectados pelo vírus da AIDS. Sabe-se, por outro lado, que, com expansão da droga, é preciso prever mais bebês desse tipo, o que é trágico.
O CÓDIGO PIRATA
Os vírus são os seres vivos mais rudimentares. O HIV, por exemplo, é constituída apenas por uma cápsula externa a qual funciona como um envelope que abriga a estrutura central, o core, onde está o código genético.
Enquanto o código genético de uma célula dos animais superiores armazena milhões de genes, o do HIV é formado por pouco mais de uma dezena. São esses poucos genes que vão codificar as proteínas de que o vírus necessita para confeccionar o envelope e a parte central, o core.
Pode ser uma estrutura tão primitiva, o HIV não é capaz de se multiplicar por conta própria, como fazem os demais seres vivos. Para replicar novas unidades, ele precisa penetrar o interior de uma célula de um ser superior - o homem, por exemplo - e, em seguida, introduzir seu pequeno conjunto de genes no interior do DNA, que contém o complexo código genético da célula humana.
Quando essa célula, assim parasitada se divide vai obrigatoriamente Ter de decifrar seu código genético para fabricar as proteínas de que as células-filhas necessitam.
Esses novos vírus abandonam rapidamente o glóbulo branco. Ao fazê-lo, abrem microscópicos orifícios na membrana celular, que provocam a morte da célula.
Cada tipo de vírus possui a finalidade por determinado tipo de célula dos animais superiores. O HIV, por um desses caprichos da natureza, tem tropismo por um tipo de glóbulo branco do homem e do chimpanzé, que é considerado o general de divisão do exército de defesa imunológica dessas espécies: o linfócito CD4.
Quando esse tipo de glóbulo do sangue se divide para organizar a defesa do organismo contra agentes agressores, o código: "pirata" do vírus é decifrado sem querer, e milhares de novas partículas virais são produzidas, espalham-se pelo sangue e vão-se concentrar nas secreções do corpo - das quais importantes - e no sistema nervoso central, pois o HIV possui especial afinidade pelas células nervosas. Ao entrar no linfócito, o HIV se livra da cápsula e, à custa de uma enzima a transcriptase reserva, transforma seu material genético, o RNA, em DNA.

Referências Bibliográficas
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ZIMMER, C.; tradução CALIFE, J. L. O Livro de Ouro da Evolução – O Triunfo de uma idéia. Edição Especial. Rio de Janeiro: Editora Ediouro, 2003.
Profº. Esp. Juarez Souza Magnus
Licenciatura Plena em Ciências –Habilitação: Biologia
Biólogo / CRBio-03 Reg. Nº 69.544/03-D
Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional

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