A
política e a democracia, da maneira que são executadas (e exercidas) no Brasil,
no meu ponto de vista, esbarram em um fator inicial importante e complicado de
ser resolvido: o Brasil é um dos maiores países do mundo, muito extenso e
populoso, o que o faz ter culturas, educação e realidade política e econômica
muito diferente de uma região para outra, ou seja, o Brasil é constituído de
tipos de sociedades diferentes, mas é regido por um único tipo de governo que
não leva em conta as diferenças regionais. Só este fato já dificulta um
consenso da população em relação á política.
Assumindo
que nossa capacidade estrutural para educação é muito defeituosa, é difícil
afirmar que só a melhora da educação de nosso povo seja suficiente para que a
corrupção e a falta de caráter de nossos políticos, a médio e longo prazo seja
substituída por novos líderes educados e suficientemente conscientes da
necessidade e da dependência de seus eleitores. É preciso que se manifeste nas
pessoas boa conduta, tanto em eleitores quanto em eleitos, mas só isto não
basta,considerando que nem todas as pessoas são boas igualmente, que existem no
meio das boas pessoas aqueles que nunca se importarão com tantos votos que lhe
foram dirigidos.
Portanto,
além de melhorar, e muito, a educação brasileira, penso que a reforma política
torna-se necessária para que vários “erros” de nossa legislação sejam (ou pelo
menos tente ser) corrigidos.
Das
atuais propostas feitas para uma possível reforma política, que ainda não foi
efetivada, ao meu ver, a primeira que visa o fim do voto obrigatório não é
benéfica à nossa política porque a porcentagem de votos obtidos em uma eleição
poderia ser pequena para representar o desejo de todo o país.Já a fidelidade
partidária é válida para que um candidato, após eleito,não possa mudar de
partido levando consigo o direito de exercer o mandato podendo adotar
princípios partidários completamente diferentes daqueles que o ajudaram a se
eleger.
O
sistema de voto em listas partidárias não é justo com o eleitor, ao passo que
cada um deve ter o direito de votar na pessoa em que acredita ser capaz de lhe
representar e não votar em um partido que determinará quais os seus
representantes serão alcançados com os votos do povo. Com relação ao financiamento
das campanhas políticas, sou contra o patrocínio privado que pode envolver
interesses extra-políticos. Concordo que exista uma lei que determine
porcentagens de dinheiro público (de preferência estipular quantias pequenas)
conforme o tamanho do partido, para que os auxiliem a expor idéias de campanha.
Então a reforma política é muito importante desde que suas propostas tenham a
intenção exclusivamente de beneficiar a população que em uma democracia justa, é
quem deve ter o poder de decisão também na política,inclusive,voltando ao ponto
de partida,a reforma também deveria levar em conta as necessidades do povo de
cada região que precisam,dentre medidas comuns a todos,atitudes que auxiliem a
sociedade em todas as suas diferenças.
Mas
para “controlar” a corrupção na política brasileira (já que combater, ao nível
em que está, de uma hora para outra é impossível!) é necessária a imediata
tomada de consciência dos governantes, com a instituição de leis sérias que
punam políticos que furtam dinheiro público ou que incentivem a má conduta como
os “caixa 2” pelo desvio da verba de obras públicas entre outras falcatruas que
só punições severas irão frear esta prática suja da política.
Profº. Esp. Juarez Souza Magnus
Licenciatura Plena em Ciências –Habilitação:
Biologia
Biólogo / CRBio-03 Reg. Nº 69.544/03-D
Especialista em Psicopedagogia Clínica e
Institucional
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