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(O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec)

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sábado, 28 de abril de 2012

Documentário: Uma Verdade Inconveniente


Um AVISO Global
 (Al Gore)
O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore relata uma análise da problemática questão do aquecimento global, invocando os possíveis mitos e equívocos existentes em torno do tema e também possíveis saídas para que o planeta não passe por uma catástrofe climática nas próximas décadas.
Al gore sempre foi um ecologista em grande escala. Vice-presidente nos dois governos de Bill Clinton, tornou-se conhecido mundialmente devido à árdua disputa nas eleições americanas, na qual tornou-se muito popular e recebeu uma quantidade maior de votos mais acabou perdendo as eleições para o atual presidente americano George W. Bush. E a partir deste momento, muito pouco se ouviu falar de Al Gore, ressurgindo das cinzas com Uma Verdade Inconveniente. Voltando às origens, pode-se dizer, pois o documentário é basicamente uma palestra que Al Gore costuma ministrar sobre a nossa influência no clima do planeta terra.
O documentário Uma Verdade Inconveniente é de caráter didático, ilustrado através de gráficos, fotos e estudos científicos sobre o atual problema mundial, o Aquecimento Global. Deixando bem claro a intenção de alertar o público mundial sobre a temática, mas nota-se uma maior dedicação ao público norte-americano, talvez pelo simples fato de os Estados Unidos não ter assinado o Protocolo de Kyoto. Alertando os americanos do erro cometido por eles mesmos, gerando com isso uma pressão no atual governante Georg W. Bush, esta é uma das intenções do documentário, mostrado indiretamente, é a recolocação de Al Gore no atual cenário político americano, os minutos finais do filme exemplificam claramente um dos seus reais interesses na divulgação do documentário.
Um ponto deve ser ressaltado nesse documentário de Al Gore, é a maneira insignificante e desleixada com que ele trata os continentes da América do Sul e da África, o tema Aquecimento Global é de caráter mundial, abordando de várias formas e com situações precisas e minuciosas o que aconteceria em várias partes do planeta, se o descaso e a acomodação toma-se conta dos habitantes da terra.
Em nenhum momento do documentário Al Gore exemplifica o que ocorreria em algum ponto da América do Sul e da África, se a situação piorasse, será que esses dois continentes não fazem parte da nação global, ou, não tem uma real importância em sua promoção política. A América do Sul é mencionada em um lapso muito pequeno de tempo, quando Al Gore relata a passagem do Furacão Catarina que atingiu a Costa Brasileira no ano de 2004. Vários outros exemplos de catástrofes ecológicas foram citadas no documentário, com ocorrência em vários países ou continentes como a Índia, China, Europa, Japão, Estados Unidos, México etc. Todos estes países foram exemplificados com avidez por Al Gore, ressaltando os danos do Aquecimento Global e em conseqüência disso, o continente da América do Sul e da África é deixado de lado, como se fossem nações inclusas em uma redoma de vidro, onde o Aquecimento Global não penetrasse, será que conseguimos de certa forma um privilégio com o Meio Ambiente, estamos absolvidos de nossos pecados ecológicos, ou isso é conseqüência de uma insatisfação política que Al Gore tem com a América do Sul e a África.
Para nós que já conhecemos a situação climática do Planeta “Uma Verdade Inconveniente” não nos surpreende tanto, talvez nos comove, alerta e reforça um pouco mais a temática, mas mesmo assim é muito interessante os dados e exemplos citados por Al Gore, porém, muita coisa deve ser filtrada, se ele tem um real interesse político está implícito nas entrelinhas, o que sei é que as conseqüências do Aquecimento Global qualquer pessoa leiga está percebendo no seu dia-a-dia, o ponto mais positivo é a abordagem da temática, um tanto assustadora; mas é real. Isso pode fazer com que certas pessoas acordem pra realidade, e tenham a consciência de que isto realmente está ocorrendo e cada vez mais próximo e que é preciso acordar e fazer a sua parte.
            Um ponto negativo do documentário de Al Gore, são os detalhes e depoimentos minuciosos de sua vida, fazendo com que o documentário se apresente de uma forma maçante e pretensiosa. Mas, também tem seu lado positivo, é um documentário impactante, que cativa o espectador de todas as idades de uma maneira simplificada e ao mesmo tempo “alerta” para uma questão primordial, que seria a sobrevivência dos seres vivos no planeta. Analisando de uma maneira científica e não política, devia ser de caráter obrigatório a divulgação do documentário, não só nas escolas e universidades, mas para todos os governantes das grandes nações e por todos os responsáveis pelo aumento da poluição, principalmente pela emissão de CO2 na atmosfera do planeta, ressaltando é claro os grandes industriais.
E se os continentes da América do Sul e África tem pouca importância para Al Gore, talvez seja pelo simples fato de reconhecer que os principais vilões do Aquecimento Global estão no hemisfério norte do planeta. Estados Unidos e China, principalmente, poluem muitos além dos países de terceiro mundo, mas não podemos deixar de mencionar que todo o tráfego das grandes cidades e as estúpidas e desordenadas queimadas da Amazônia, contribuem muito para o Aquecimento Global.
            As “atitudes” ficam para quem a pratica. Se forem boas atitudes porque não merecer nosso reconhecimento e receber os elogios a que têm direito, Al Gore com este documentário teve sem dúvida uma excelente atitude, quando se fala de Aquecimento global, a intenção de alertar o mundo é válida, mas a visão “norte-americanizada” de enxergar e agir em certos momentos prejudicou um pouco a realidade do documentário. Pois, em nenhum momento menciona na real ferida do que realmente prejudica o meio ambiente e provoca o Aquecimento Global, ou seja, a grande parcela do consumismo exagerado da sociedade americana, que a transforma em um dos maiores pólos de poluição do planeta, isso lhe retrata um caráter omisso, menosprezando seus reais princípio e idéias referentes à temática em questão.
            Em suma, todos temos o deve de contribui conforme as possibilidades individuais e coletivas que temos. Nossos pequenos gestos insignificantes, como, por exemplo, guardar um papel de bala no bolso, torna-se extremamente importante quando praticado por milhões de pessoas. Mas, isso é difícil e complicado, pois estamos inclusos em uma sociedade na qual a maioria das pessoas não promovem esses atos, somos capitalistas e individualistas, não ensinamos nossas futuras gerações à pensar no NÓS, antes do EU; não medimos as conseqüências que irão acontecer a médio e longo prazo, nos interessa apenas o agora, e por isso estamos pagando um alto preço pelo nosso descaso com o Meio Ambiente em que vivemos.
            Nem toda pessoa, tem uma consciência formada sobre o assunto, os exemplos e motivações deveriam vir de cima, dos governantes, o que raramente acontece. Mas, com ou sem exemplos, temos de ter a consciência do estado em que estamos colocando o planeta, e para onde caminhamos se a nossa consciência e visão não se alterar. Devemos buscar a motivação no estudo do Meio Ambiente, para o que temos de fazer para amenizar os efeitos do mal que já praticamos coletivamente. Temos como reverter uma grande parcela desse quadro e que cada um de nós pode fazer algo, talvez podemos afirmar que todos que assistiram ao documentário saíram com esse pensamento.
            De certa forma, no mundo atual estamos inseridos em um ambiente socialmente inseguro e é importante que uma pessoa de destaque como o ex-vice-presidente americano Al Gore levante a bandeira para salvar o planeta. Infelizmente a ganância do ser humano acabará com a vida na terra em um espaço de tempo muito menor do que está sendo anunciado.
            E só por isso “Uma Verdade Inconveniente” já é válida, independentemente da impressão política que o documentário tenha causado a alguns, creio que a intenção foi mesmo conscientizar as pessoas as quais assistiram ao filme, e por esse motivo é uma iniciativa que merece aplausos.


Profº. Esp. Juarez Souza Magnus
Licenciatura Plena em Ciências –Habilitação: Biologia
Biólogo / CRBio-03 Reg. Nº 69.544/03-D
Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional


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